quarta-feira, 9 de março de 2011

Amigo de Pecadores

Por David Wilkerson  parte I

"Veio o Filho do homem...amigo de publicanos e pecadores!" (Mateus 11:19). Em Lucas 7 lemos a história de um fariseu chamado Simão, que convida Jesus à sua casa para uma refeição. Esse pio homem também convida um seleto grupo de líderes religiosos como ele para se ajuntarem à mesa. O mais provável é que esses convidados fossem também fariseus.
Era claramente uma reunião muito religiosa. Simão e seus companheiros fariseus observavam e guardavam a lei, davam os dízimos meticulosamente e iam à casa de Deus todos os dias. Eram escrupulosamente retos a seus próprios olhos, e se imaginavam ser os homens mais santos de sua geração.
Não tenho muita certeza quanto a porque um fariseu convidaria Jesus para jantar, mais ainda quanto a trazer outros homens estritamente religiosos para comer com Ele. Uma razão possível para o convite seria que Simão e seus amigos queriam determinar se Jesus era profeta ou, na verdade, descartá-Lo como tal. A passagem deixa claro que Simão conhecia a reputação que Jesus tinha como profeta (v. Lucas 7:39).
Naquela cultura, era costume saudar todo convidado com uma bacia de água e um pano, para lavar o pó dos pés da visita. (Não havia estradas pavimentadas na época, e assim os pés das pessoas estavam sempre empoeirados de suas viagens.) O convidado também era saudado com um beijo de cada lado do rosto. A seguir recebia um ungüento oleoso para passar nos cabelos, pois estes geralmente estariam necessitando se hidratar.
Ao ler esta passagem, parece que Simão havia arranjado de jeito que os outros convidados se assentariam antes de Jesus chegar. E, quase certo, esses outros convidados seriam refrescados segundo o costume. Afinal, nenhum fariseu queria ter a reputação de não ser hospitaleiro dentre os companheiros.
No entanto a passagem deixa evidente que Jesus não recebeu tal hospitalidade. A única coisa que recebeu quando chegou foi condescendência. Não houve água para lavar a poeira de Seus pés, nem beijo de cortesia na face, nem ungüento para a cabeça (v. Lucas 7:44-46). Em vez disso, foi levado à uma mesa reclinada como um visitante menor, e teve de se reclinar em meio aos demais com os pés ainda empoeirados.
As escrituras não dizem o que esse grupo discutia em torno da mesa da ceia, mas podemos assumir que tinha a ver com teologia. Os fariseus se especializavam nesse assunto, e haviam tentado pegar Jesus em outras ocasiões com perguntas fantasiosas. Mas Cristo sabia o quê estava no coração destes homens, e isso logo ficou claro.

Deus abençoe a todos

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