A tarefa mais nobre de um líder é liberar o dom das pessoas para que elas possam experimentar a realização de servir a outros. Há muito o que se fazer, nesse sentido. O que percebemos é que podemos contar nos dedos as pessoas que estão vivendo objetivamente, ou se esforçando intencionalmente para viver de acordo com o propósito divino implícito na Sua própria natureza.
Também, é enorme a quantidade de pessoas que vive, reclamando por estarem rotineiramente envolvidas em tarefas que elas não suportam mais. Trabalham naquilo que é um potencial de desgastar a esperança, depreciar a existência e deprimir a alma. O grande diferencial, em relação ao trabalho, reside no discernimento do dom. Isso vai determinar se o nosso trabalho vai nos estressar ou nos realizar.
Em muitas culturas, o conceito de trabalho foi malignamente desvirtuado. Na America Latina, por exemplo, os jesuítas implantaram uma mentalidade de trabalho como algo relacionado ao castigo. Obviamente, o grande ardil da escravidão, não é a imposição do trabalho, mas o desrespeito da liberdade e oi massacre da identidade vocacional. É importante resgatarmos a compreensão de que o trabalho não é para ser um peso ou algo que fazemos dolorosamente por obrigação.
Conseqüentemente, um efeito equivalente ocorre com muitas pessoas quando se aposentam. Muitos que pensavam que a aposentadoria seria o fim do desconforto de ter que trabalhar, acabam encontrando algo ainda pior. Nada mais depressivo que o tédio de uma vida na qual o individuo não se sente útil ou, realmente, deixou de ser útil, acreditando que isso poderia trazer algum beneficio. A aposentadoria é o “atestado de óbito emocional”.
Janaina Ritsuri
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